Os Estados Unidos estão trabalhando com aliados para impor rapidamente custos econômicos severos a Moscou por causa de referendos “falsos” realizados pela Rússia em regiões ocupadas na Ucrânia, segundo declaração do chefe de coordenação de sanções do Departamento de Estado dos EUA nesta quarta-feira (28).
James O’Brien, em depoimento preparado para o Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse esperar que o ritmo do governo Biden de anunciar sanções, em média a cada seis semanas, continue, com Washington se focando em pontos de estrangulamento na economia russa e a cadeia de suprimentos militares.
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“Haverá mais pacotes. Estamos trabalhando em mais sanções”, disse O’Brien.
“Está tudo na mesa”, afirmou, acrescentando que Washington olhará para o setor financeiro e de alta tecnologia, especialmente para a exploração de energia.
Moscou está prestes a anexar uma faixa da Ucrânia, divulgando o que chamou de contagem de votos que mostram apoio em quatro províncias parcialmente ocupadas para se juntar à Rússia, após o que Kiev e o Ocidente denunciarem como referendos falsos ilegais realizados sob a mira de armas.
Autoridades apoiadas pela Rússia afirmam ter realizado os referendos durante cinco dias em território que representa cerca de 15% da Ucrânia.
Os EUA impuseram várias rodadas de sanções contra Moscou após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro, que reduziu cidades a escombros e matou ou feriu milhares de pessoas.
Washington e seus parceiros do G7 disseram que colocarão um teto no preço do petróleo russo, mas se abstiveram de atacar diretamente as principais empresas de energia russas devido a preocupações com preços e fornecimento de energia.
O’Brien também disse que Washington continuará trabalhando com a China para garantir que entenda as sanções dos EUA e o efeito que elas têm no envolvimento da China com a Rússia.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ritmo de sanções dos EUA à Rússia continuará com foco em finanças e tecnologia no site CNN Brasil.
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